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terça-feira, 7 de abril de 2015

Baby Steps

 “Eu vejo o futuro repetir o passado/Eu vejo um museu de grandes novidades/O tempo não para”
(“O Tempo Não Para”, Cazuza e Arnaldo Brandão)

Já estamos em abril, o mês que começou com o Dia da Mentira, costume que se iniciou em 1564 na França, onde seu nome é “Poisson davril” (Bobo de Abril) e se espalhou pelo mundo. Mas, apesar do dito popular que a mentira tem pernas curtas, não é só neste dia que mentimos. Ninguém gosta de admitir a dura verdade: pelos mais diversos motivos e justificativas, todos mentem desde que o mundo é mundo.

Neste momento, a mentira do dia primeiro parece ressoar sobre todas as ideias, objetivos e compromissos do final do ano anterior, que juramos “de pés juntos” que em 2015 iríamos realizar. Aquela situação da qual precisamos nos desfazer, aquela conversa que temos de enfrentar, aquela grana que necessitamos poupar, os livros para ler... E tudo isso começa a soar como mentiras que contamos para nós mesmos, seguidas de um imenso desconforto.

Muitas vezes vivi esta sensação em meses de abril. Sempre fui muito intenso em tudo a que me propus a fazer e quando via que não conseguiria realizar 100% do que havia planejado, era para mim uma imensa sensação de derrota. O que aprendi quando soprei minha quinta velinha do bolo (no sistema decimal), é que uma das coisas que prejudicava minha vida era exatamente o desânimo que vinha após estas constatações. E só aí entendi que este momento é crucial para ajustarmos a rota e retomarmos o rumo, sob pena de não conseguirmos mais encontrar o caminho certo ao longo do ano.

Penso que muitos dos problemas com nossos planos começam porque sabemos que, em maior ou menor intensidade,  por toda a vida lançamos mão de mentiras que nos foram muito úteis em nossa infância. Quando pequenos, a mentira facilita nossas vidas, ao fazermos dela uma espécie de varinha mágica, com a qual conseguíamos tornar realidade algo que desejávamos muito. Chegávamos mesmo a acreditar que as coisas se resolveriam sozinhas. Mas, de alguma forma, isso acabou sendo parte de nosso desenvolvimento psíquico e continuamos lançando mão deste recurso, trazendo esse mundo da fantasia para a vida adulta. E, por termos consciência disso, poderemos ser levados a acreditar que “aqueles’ planos eram só algumas mentiras.

Agora, em abril, isso salta mais aos olhos. É quando realmente o ano “engata”, pois janeiro e fevereiro foram os meses onde “depois do carnaval eu penso nisso” e março foi um mês complacente, que  nos permitiu retomar nosso ritmo de maneira lenta e ainda sermos extremamente otimistas, afinal o ano “estava só começando”. Porém, é também a melhor época do ano para verificarmos o quanto não estamos muito atentos a rota que traçamos quando planejamos o que iríamos fazer e conquistar em 2015.

Assim, em diversas oportunidades, o ótimo (100%) pode sim ser inimigo do bom (70%, 80%). Como disse Edmund Burke: “Ninguém comete erro maior do que não fazer nada porque só pode fazer um pouco”. E esta consciência abriu uma série de oportunidades para mim, porque entendi que planos foram feitos para serem ajustados de acordo com as condições que encontramos ao implementa-los.

Então, esta na hora de vermos que talvez não vai dar para nos matricularmos na academia, mas seguramente é possível subir devagar as escadas do edifício onde trabalhamos. Podemos também conhecer a academia do prédio e dar uma caminhada de 30 minutos na esteira. Da mesma forma acontece no campo profissional: Talvez não dê para implantar uma profunda modificação em 2015 (que será um ano difícil), mas poderemos ter uma conversa com aquele funcionário (que em janeiro dissemos que teríamos), revermos aquela despesa que é necessário cortar ou buscarmos alternativas e substituirmos aquele fornecedor cujo trabalho não nos satisfaz mais.

Sou testemunha que, muitas vezes, estes pequenos passos (“Baby Steps”) tornam-se na verdade passos gigantes, e têm me levado a alcançar resultados muito superiores aos que eu tive, quando ficava aguardando “o momento certo” para dar uma passo maior, o que normalmente não acontecia. Se verificamos agora em abril que talvez não dê para caminharmos à passos largos na direção que queremos, podemos nos colocar em movimento para dar pequenos passos.


Fica aqui então esta dica: não deixe abril acabar sem que você dê ao menos alguns pequenos passos na direção que acredita que sua vida deva caminhar. Em pouco tempo, você vai ver que eles seguramente farão uma grande diferença ao longo do ano.

Jorge Pontual



segunda-feira, 26 de maio de 2014

Teste: Saiba mais sobre a sua Personalidade Profissional

Uma das características dos bons profissionais é o fato de conhecerem a si mesmos. Afinal, como disse Lao-Tsé (importante filósofo da China antiga), “Conhecer os outros é inteligência, conhecer-se a si próprio é verdadeira sabedoria. Controlar os outros é força, controlar-se a si próprio é verdadeiro poder”.

Procurando ajudar no sentido do auto conhecimento, envio ao final deste texto um link para o Teste Localizador de Personalidade Profissional, que é bem bacana e mostra as principais características de nosso perfil psicológico, ajudando-nos a revelar quem somos. Claro que não é um teste de aptidão ou vocação profissional e não substitui análise psicológica feita em consultórios de profissionais.

Mas, calma: o propósito deste teste é somente o de achar suas tendências natas. É como se alguém lhe perguntassem se você é tímido ou expansivo e ele vai lhe mostrar em um gráfico as porcentagens na figura que representam o quão certo você está sobre "ser tímido ou expansivo". Porém, a mim parece que estas porcentagens não são tão importantes, o valor do teste é o de confirmar (ou não...) nossas percepções sobre nós mesmos e apontar perfis profissionais, ainda que indiretamente e poderá nos ajudar a conhecer e desenvolver nossas vantagens (e controlar nossas desvantagens...).

São mais de 30 perguntas em um teste que toma alguns minutos, pois há questões que tomam um pouco de tempo para reflexão. Depois de completar as respostas, o site exibirá o seu perfil, classificado como INTP ou ENTP, ou seja, ele divide os grupos humanos em dois: o INTP, que refere-se ao físico alemão Einstein e o ENTP, relacionado ao perfil do filósofo grego Sócrates.

As perguntas têm apenas duas opções e o usuário, portanto, deverá marcar uma resposta apenas e seguir adiante até o final. Como foi dito, a maneira como as perguntas são formuladas acaba por nos fazer refletir antes de responder, o que nos ajuda a ter um comportamento mais honesto nas respostas.

Além de apontar tendências aproximadas de sua personalidade, o site fornece à você a referência de uma pessoa famosa cujo tipo correspondente ao seu perfil, o que é bem divertido. Quem sabe você não é um novo Napoleão Bonaparte, Isaac Newton, Steve Jobs ou Martin Luther King (dentre outros)? Brincadeiras à parte, confira se você é mais Sócrates (ENTP) ou Einstein (INTP) e veja que pessoa famosa tem um perfil semelhante ao seu.

O resultado poderá ser compartilhado nas redes sociais. 

Clique agora e faça seu teste: http://midia.dk/uj

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Três coisas que você deve fazer se odeia seu emprego, mas gosta da companhia em que trabalha


Se sente insatisfeito com o trabalho que exerce, mas não
quer deixar a companhia?  Confira 3 coisas que você deve fazer quando odeia o seu emprego, mas não quer deixá-lo por gostar da organização em que trabalha

Ainda que os profissionais reconheçam a importância de se trabalhar em um ambiente de qualidade, é muito difícil se sentir satisfeito em um cargo do qual não gostamos. Mas o que fazer quando não queremos deixar a empresa e tampouco nos sentimos contentes com a função que exercemos? Nesse momento é preciso manter a calma e analisar a sua situação. Se você está passando por algo parecido, confira 3 coisas que você deve fazer:

O que fazer se você odeia seu emprego, mas gosta da companhia:

1. Se ofereça para outro cargo
Se o seu objetivo é trocar de departamento, considere cuidadosamente qual é o cargo que você deseja e como você vai se posicionar sobre a mudança. O primeiro passo é encontrar algo que você realmente gosta dentro da empresa e abordar tanto o seu chefe quanto o responsável pela sua área de interesse. Pergunte aos dois se você pode ajudar de alguma maneira, nas suas horas vagas. Começar voluntariamente vai destacar seu trabalho e aumentar suas chances de ser considerado quando uma posição estiver disponível.

 2. Mantenha uma atitude positiva durante a espera
Se você já conversou com os seus superiores e informou a área de recursos humanos sobre o desejo de se transferir para outra área, candidate-se a uma posição e espere. Contudo, não deixe que o trabalho que você odeia sugue a sua motivação. Apresente um bom desempenho e mantenha uma atitude positiva ainda que você se sinta desconfortável com o trabalho que está realizando. Isso vai fazer as pessoas perceberem que se você é tão eficiente em um trabalho que detesta, pode render muito mais naquilo que é do seu interesse.

3. Seja realista sobre o futuro
Se você está apresentando um trabalho de qualidade, desenvolvendo habilidades e se candidatando para outra posição dentro da empresa e, ainda assim, não teve sorte, comece a pensar nos próximos passos. Decida se vale a pena se contentar com o seu emprego apenas para se manter na companhia ou se você não pode mais suportar aquele cargo. Lembre-se de considerar todas as questões com potencial de causar impacto na sua vida, como chances de ficar desempregado, potenciais empregadores, salários, etc. Isso vai influenciar sua decisão. Neste caso, veja algumas ações que você deve evitar para não perder uma oportunidade de emprego:

A. Você é muito exigente
Na busca por um emprego, você não pode se limitar a somente uma empresa. A ideia é expandir ao máximo as suas opções de vaga e mercado de trabalho. Não se prenda a somente salário e posição, a dica é ir além do que a vaga está oferecendo. Procure identificar, por exemplo, se você tem possibilidade de crescimento ou até plano de carreira, isso também é importante na hora de analisar uma oportunidade.

B. Você só procura quando está desesperado
Você deve manter sempre as portas abertas. Não fique procurando por uma nova oportunidade somente quando você está desesperado. Nessa situação, você não vai conseguir analisar as oportunidades com calma. A ideia é manter o seu perfil do LinkedIn atualizado, para que as grandes chances nunca desaparecem.

C. Seu currículo é muito grande
Não há necessidade de incluir todos os trabalhos que você já realizou. Se você é novo no mercado de trabalho, o ideal é incluir o máximo que você puder. Mas, se você já está no mercado de trabalho há algum tempo, o foco deve ser em suas grandes realizações e projetos. Em outras palavras, eventos relevantes e que estejam de acordo com as descrições da vaga.

D. Você fala mal de sua antiga empresa
Você nunca deve fazer mal de sua empresa atual ou da antiga. Você nunca sabe as intenções das pessoas ao seu redor ou as de eventuais recrutadores se lhe fizerem uma pergunta sobre este tema. Por isso, a melhor opção é dizer apenas que você não está satisfeito com sua atual ocupação e que deseja se desenvolver mais como profissional.

E. Você tem um péssimo perfil online
Facebook, Twitter e LinkedIn são ótimas maneiras de encontrar um emprego, se você souber utilizá-las. Porém, uma rede social cheia de postagens bobas e sem finalidade podem não ter o efeito desejado. Se a sua intenção é conseguir um emprego, você deve deixar as suas redes sociais atraentes para os recrutadores. Pode ser uma excelente ideia ter um Blog ou um portfólio.  Isso vai ajudar você a: Demonstrar essas qualificações. Falar sobre assuntos relevantes mostra que você é uma pessoa inteligente e capaz; Mostrar que você sabe escrever, o que é bem é essencial em todas as áreas; Mostrar que você é motivado, pois ter um blog implica em ter que mantê-lo atualizado pelo menos semanalmente; Mostrar que você tem coisas a dizer e isso demonstra criatividade e confiança. 
Em relação ao portfólio, é uma maneira super criativa de mostrar sua experiência e suas realizações. Veja estes exemplos clicando nos nomes:



Mãos a obra!



* Texto adaptado somando diversas postagens do site Universia.com.br

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Porque os Jovens Profissionais da Geração Y Estão Infelizes


Ana é parte da Geração Y, jovens nascidos entre o fim da década de 1970 e a metade da década de 1990. Ela também faz parte da cultura Yuppie, que representa uma grande parte da geração Y.

“Yuppie” é uma derivação da sigla “YUP”, expressão inglesa que significa “Young Urban Professional”, ou seja, Jovem Profissional Urbano. É usado para referir-se a jovens profissionais entre os 20 e os 40 anos de idade, geralmente de situação financeira intermediária entre a classe média e a classe alta. Os yuppies em geral possuem formação universitária, trabalham em suas profissões de formação e seguem as últimas tendências da moda (Wikipedia).

Eu dou um nome para yuppies da geração Y — costumo chamá-los de “Yuppies Especiais e Protagonistas da Geração Y”, ou “GYPSY” (Gen Y Protagonists & Special Yuppies). Um GYPSY é um tipo especial de yuppie, um tipo que se acha o personagem principal de uma história muito importante.

Então Ana está lá, curtindo sua vida de GYPSY, e ela gosta muito de ser a Ana. Só tem uma pequena coisinha atrapalhando: Ana está meio infeliz.

Para entender a fundo o porquê de tal infelicidade, antes precisamos definir o que faz uma pessoa feliz, ou infeliz. É uma formula simples:
É muito simples — quando a realidade da vida de alguém está melhor do que essa pessoa estava esperando, ela está feliz. Quando a realidade acaba sendo pior do que as expectativas, essa pessoa está infeliz. Para contextualizar melhor, vamos falar um pouco dos pais da Ana:

Os pais da Ana nasceram na década de 1950 — eles são “Baby Boomers“. Foram criados pelos avós da Ana, nascidos entre 1901 e 1924, e definitivamente não são GYPSYs.

Na época dos avós da Ana, eles eram obcecados com estabilidade econômica e criaram os pais dela para construir carreiras seguras e estáveis. Eles queriam que a grama dos pais dela crescesse mais verde e bonita do que eles as deles próprios.

Eles foram ensinados que nada podia os impedir de conseguir um gramado verde e exuberante em suas carreiras, mas que eles teriam que dedicar anos de trabalho duro para fazer isso acontecer.
Depois da fase de hippies insofríveis, os pais da Ana embarcaram em suas carreiras. Então nos anos 1970, 1980 e 1990, o mundo entrou numa era sem precedentes de prosperidade econômica. Os pais da Ana se saíram melhores do que esperavam, isso os deixou satisfeitos e otimistas.
Tendo uma vida mais suave e positiva do que seus próprios pais, os pais da Ana a criaram com um senso de otimismo e possibilidades infinitas. E eles não estavam sozinhos. Baby Boomers em todo o país e no mundo inteiro ensinaram seus filhos da geração Y que eles poderiam ser o que quisessem ser, induzindo assim a uma identidade de protagonista especial lá em seus sub-conscientes.

Isso deixou os GYPSYs se sentindo tremendamente esperançosos em relação à suas carreiras, ao ponto de aquele gramado verde de estabilidade e prosperidade, tão sonhado por seus pais, não ser mais suficiente. O gramado digno de um GYPSY também devia ter flores.

Isso nos leva ao primeiro fato sobre GYPSYs:

GYPSYs são ferozmente ambiciosos

O GYPSY precisa de muito mais de sua carreira do que somente um gramado verde de prosperidade e estabilidade. O fato é, só um gramado verde não é lá tão único e extraordinário para um GYPSY. Enquanto seus pais queriam viver o sonho da prosperidade, os GYPSYs agora querem viver seu próprio sonho.
Cal Newport aponta que “seguir seu sonho” é uma frase que só apareceu nos últimos 20 anos, de acordo com o Ngram Viewer, uma ferramenta do Google que mostra quanto uma determinada frase aparece em textos impressos num certo período de tempo. Essa mesma ferramenta mostra que a frase “carreira estável” saiu de moda, e  também que a frase “realização profissional” está muito popular.

Para resumir, GYPSYs também querem prosperidade econômica assim como seus pais – eles só querem também se sentir realizados em suas carreiras, uma coisa que seus pais não pensavam muito.

Mas outra coisa está acontecendo. Enquanto os objetivos de carreira da geração Y se tornaram muito mais específicos e ambiciosos, uma segunda ideia foi ensinada à Ana durante toda sua infância: VOCÊ É ESPECIAL

Este é provavelmente uma boa hora para falar do nosso segundo fato sobre os GYPSYs:


GYPSYs vivem uma ilusão

Na cabeça de Ana passa o seguinte pensamento: “mas é claro… todo mundo vai ter uma boa carreira, mas como eu sou prodigiosamente magnífica, de um jeito fora do comum, minha vida profissional vai se destacar na multidão”. Então se uma geração inteira tem como objetivo um gramado verde e com flores, cada indivíduo GYPSY acaba pensando que está predestinado a ter algo ainda melhor: Um unicórnio reluzente pairando sobre um gramado florido.

Mas por que isso é uma ilusão? Por que isso é o que cada GYPSY pensa, o que põe em xeque a definição de especial: es-pe-ci-al = adjetivo - melhor, maior, ou de algum modo diferente do que é comum

De acordo com esta definição, a maioria das pessoas não são especiais, ou então “especial” não significaria nada...

Mesmo depois disso, os GYPSYs lendo isto estão pensando, “bom argumento… mas eu realmente sou um desses poucos especiais” – e aí está o problema.

Uma outra ilusão é montada pelos GYPSYs quando eles adentram o mercado de trabalho. Enquanto os pais da Ana acreditavam que muitos anos de trabalho duro eventualmente os renderiam uma grande carreira, Ana acredita que uma grande carreira é um destino óbvio e natural para alguém tão excepcional como ela, e para ela é só questão de tempo e escolher qual caminho seguir. Suas expectativas pré-trabalho são como a figura ao lado.

Infelizmente, o mundo não é um lugar tão fácil assim, e curiosamente carreiras tendem a ser muito difíceis. Grandes carreiras consomem anos de sangue, suor e lágrimas para se construir – mesmo aquelas sem flores e unicórnios – e mesmo as pessoas mais bem sucedidas raramente vão estar fazendo algo grande e importante nos seus vinte e poucos anos. Mas os GYPSYs não vão apenas aceitar isso tão facilmente.

Paul Harvey, um professor da Universidade de New Hampshire, nos Estados Unidos, e expert em GYPSYs, fez uma pesquisa onde conclui que a geração Y tem “expectativas fora da realidade e uma grande resistência em aceitar críticas negativas” e “uma visão inflada sobre si mesmo”. Ele diz que “uma grande fonte de frustrações de pessoas com forte senso de grandeza são as expectativas não alcançadas. Elas geralmente se sentem merecedoras de respeito e recompensa que não estão de acordo com seus níveis de habilidade e esforço, e talvez não obtenham o nível de respeito e recompensa que estão esperando”.

Para aqueles contratando membros da geração Y, Harvey sugere fazer a seguinte pergunta durante uma entrevista de emprego: “Você geralmente se sente superior aos seus colegas de trabalho/faculdade, e se sim, por quê?”. Ele diz que “se o candidato responde sim para a primeira parte mas se enrola com o porquê, talvez haja um senso inflado de grandeza. Isso é por que a percepção da grandeza é geralmente baseada num senso infundado de superioridade e merecimento. Eles são levados a acreditar, talvez por causa dos constantes e ávidos exercícios de construção de auto-estima durante a infância, que eles são de alguma maneira especiais, mas na maioria das vezes faltam justificativas reais para essa convicção”.

E como o mundo real considera o merecimento um fator importante, depois de alguns anos de formada, Ana se encontra aqui:
A extrema ambição de Ana, combinada com a arrogância, fruto da ilusão sobre quem ela realmente é, faz ela ter expectativas extremamente altas, mesmo sobre os primeiros anos após a saída da faculdade. Mas a realidade não condiz com suas expectativas, deixando o resultado da equação “realidade – expectativas = felicidade” no negativo.

E a coisa só piora. Além disso tudo, os GYPSYs tem um outro problema, que se aplica a toda sua geração: GYPSYs estão sendo atormentados

Obviamente, alguns colegas de classe dos pais da Ana, da época do ensino médio ou da faculdade, acabaram sendo mais bem-sucedidos do que eles. E embora eles tenham ouvido falar algo sobre seus colegas de tempos em tempos, através de esporádicas conversas, na maior parte do tempo eles não sabiam realmente o que estava se passando na carreira das outras pessoas.

A Ana, por outro lado, se vê constantemente atormentada por um fenômeno moderno: As fotos compartilhadas no Facebook.

As redes sociais criam um mundo para a Ana onde: A) tudo o que as outras pessoas estão fazendo é público e visível à todos, B) a maioria das pessoas expõe uma versão maquiada e melhorada de si mesmos e de suas realidades e C) as pessoas que expôem mais suas carreiras (ou relacionamentos) são as pessoas que estão indo melhor, enquanto as pessoas que estão tendo dificuldades tendem a não expor sua situação. Isso faz Ana achar, erroneamente, que todas as outras pessoas estão indo super bem em suas vidas, só piorando seu tormento.

Então é por isso que Ana está infeliz, ou pelo menos, se sentindo um pouco frustrada e insatisfeita. Na verdade, seu início de carreira provavelmente está indo muito bem, mas mesmo assim, ela se sente desapontada.

Aqui vão meus conselhos para Ana:

1) Continue ferozmente ambiciosa. O mundo atual está borbulhando de oportunidades para pessoas ambiciosas conseguirem sucesso e realização profissional. O caminho específico ainda pode estar incerto, mas ele vai se acertar com o tempo, apenas entre de cabeça em algo que você goste.

2) Pare de pensar que você é especial. O fato é que, neste momento, você não é especial. Você é outro jovem profissional inexperiente que não tem muito para oferecer ainda. Você pode se tornar especial trabalhando duro por bastante tempo.


3) Ignore todas as outras pessoas. Essa impressão de que o gramado do vizinho sempre é mais verde não é de hoje, mas no mundo da auto afirmação via redes sociais em que vivemos, o gramado do vizinho parece um campo florido maravilhoso. A verdade é que todas as outras pessoas estão igualmente indecisas, duvidando de si mesmas, e frustradas, assim como você, e se você apenas se dedicar às suas coisas, você nunca terá razão pra invejar os outros.

Fonte deste texto (em inglês): http://migre.me/hx7NZ Autor: Igor Johansen.